domingo, 29 de março de 2009

Educação Tecnológica: o que Freire tem a ver com isso?


Francinete Braga Santos (1)

O presente texto apresenta reflexões a partir da leitura da Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire com recorte da 2ª parte do livro: Ensinar não é transferir conhecimento. Por esta via, em uma abordagem dialógico-reflexiva, questiona-se: Como sonhar sonhos possíveis? Como articular o pensamento de Freire ao processo de formação tecnológica do professor? Como na formação professor realizar uma prática educativo-progressista em favor da autonomia do ser dos educandos? No encaminhamento de possíveis respostas, inicia-se com uma breve contextualização teórico-conceitual.A tecnologia educacional é fundamentalmente a relação entre a tecnologia e a educação que se concretiza em conjunto dinâmico e aberto de princípios e processos de ação educativa, sendo esta a dimensão política da tecnologia educacional.Para Freire, por sua vez, educação é sempre um ato político, sendo que sempre esteve a serviço das classes dominantes, notadamente na educação brasileira, em que o autoritarismo presente na crença inabalável das previsões fatais e infalíveis da racionalidade científica ou da razão instrumental/positivista.Neste contexto, pensar em educação sem destacar o protagonismo da atuação do professor é desconsiderar o papel de agente de transformação desse determinismo que se impõe aos processos educacionais. Então, há de se cuidar da formação do professor e que seja contínua e que seja progessista.A discussão em torno da formação professor deve ser analisada no contexto da evolução e da modernização da sociedade do século XXI que tem influenciado fortemente o planejamento e a prática da educação escolar. Não há como desconsiderar que a tecnologia está cada vez mais presente na vida dos sujeitos em atividades diárias. Assim, percebe-se que há necessidade de profundas mudanças, entre elas, o desafio de formar* melhor o profissional da educação, tanto para o mercado de trabalho como para a sociedade cultural em geral.Quanto a Paulo Freire, é sabido por meio de relatos e depoimentos em entrevistas que manteve certo distanciamento dos recursos tecnológicos, utilizando-se de sua máquina de datilografar e que dispensou o uso de celulares. Por outro lado, como cidadão do mundo, não se manteve alheio a realidade das transformações tecnológicas, por isso afirmou:nunca fui ingênuo apreciador da tecnologia: não a divinizo, de um lado, nem a diabolizo,de outro. Por isso mesmo sempre estive em paz para lidar com ela. Não tenho dúvidanenhuma do enorme potencial de estímulos e desafios à curiosidade que a tecnologiapõe a serviço das crianças e adolescentes das classes sociais chamadasdesfavorecidas. (FREIRE, 2001, p.97-98).

Além desse fato, é sabido também da defesa de Freire pela escola de qualidade, em especial, da escola pública de qualidade. Enquanto, secretário de Educação da cidade de São Paulo, na gestão da Prefeita Erundina (PT), fez chegar à rede das escolas municipais o computador, bem como a promoção de programas de capacitação professor para lidar com a tecnologia.É fato que as tecnologias da informação e comunicação (TIC’s) chegam gradativamente às escolas e apesar da defasagem de quantidade e de tempo ainda encontram professores com sentimentos confusos e conflitantes como a satisfação de estar participando de uma realidade tecnológica, até pouco tempo futurística; a ansiedade por descobrir tudo que pode ser feito com as máquinas; a sensação de não ‘levar jeito’ com essas tecnologias ou, ainda, o medo de enfrentar as mudanças que chegam com a informática educativa.Para que essas tão almejadas mudanças aconteçam é necessário ambientes educativos que sejam capazes de impactar os conhecimentos apreendidos assim como desenvolver a autonomia no pensamento crítico dos sujeitos envolvidos no processo ensino e aprendizagem. É nesse contexto da pós-modernidade que os profissionais da educação precisam atuar, em um cenário de novos desafios.Mas, ensinar não é transferir conhecimento. Então, a atitude de sonhar sonhos possíveis deve articular formação tecnológica do professor, sendo suas práticas colocadas frente ao desafio da superação dos modelos tradicionais de ensino rumo a um novo cenário que incorpore os avanços tecnológicos aos processos da escola, em especial da sala de aula.“A prática do professor especificamente humana, é profundamente formadora, por isso, ética” e mais “a natureza mesma de sua prática eminentemente formadora, sublinha a maneira como a realiza” (idem, p.65). E ao abordar o caráter formador do professor, tem-se que percebê-lo incompleto, inacabado e em permanente formação.Daí cabe afirmar que ensinar exige humildade, sendo entendida como um momento importante da prática professor, enquanto prática ética. E parafraseando Freire, não se pode respeitar a curiosidade do educando, estando-se carente de humildade e da real compreensão do papel da ignorância na busca do saber, temendo-se revelar o desconhecimento de determinados conteúdos ou instrumentos, tais como: a aprendizagem mediada por computadores e a respectiva utilização dos seus aplicativos e periféricos.A defesa é que a prática educativa “demanda a existência de sujeitos, um que, ensinando, aprende, outro que, aprendendo, ensina” (ibid., p.69). Portanto, situar o computador na perspectiva do espaço educativo é buscar respostas ao ensino voltado à formação integral das pessoas envolvidas no processo e, por conseguinte, repensar a abordagem que vem sendo dada ao domínio dos conteúdos de aprendizagem pelo professor frente ao conhecimento trazido pelo aluno com “o respeito devido à dignidade do educando não me permite subestimar, pior ainda, zombar do saber que ele traz consigo para a escola.” (ibid.,p.71).O professor capaz de interagir com o aluno agirá adequadamente nas situações em que o aprender a aprender com os alunos cria um ambiente colaborativo, redefine a relação pedagógica com base no diálogo e na troca. Na formação professor a prática educativo-progressista deverá está a favor da autonomia do ser dos educandos, exigindo do professor uma prática em tudo coerente com os saberes dos alunos, independentemente da faixa etária, da classe social a que pertença, da cor da sua pele, da sua linguagem.O professor enquanto consciente da sua existência, tomar-se-á na sua incompletude, a tomada de consciência crítica para a partir daí estabelecer dialogicidade com os seus alunos, enquanto seres humanos inconclusos. Esses “sujeitos dialógicos aprendem e crescem na diferença, sobretudo, no respeito a ela, é a forma de estar sendo coerentemente exigida por seres que, inacabados, assumindo-se como tais, se tornam radicalmente éticos.”(ibid.,p.69).Ser ético, portanto, é lutar contra o desrespeito dos poderes públicos pela educação, bem como combatendo posturas antiprofissionais, para tornar-se um profissional idôneo, exercendo com competência o seu ofício e organizando-se em lutas políticas em prol da formação permanente, melhorias de salariais e de condições de trabalho.E, por fim, os professores precisam ter disposição constante para estudar. A necessidade de estudo constante é reforçada pela prática da pesquisa para assim o homem usufruir da imensa quantidade de conhecimentos e possibilidades de aprender, que inevitavelmente ampliarão a capacidade crítica e criativa do professor, livrando-o da tendência à cópia e reprodução de conhecimentos prontos.NOTA:* Formar é utilizado pela ausência de um termo mais apropriado. A autora investiga a substituição pelo termo emancipar, no sentido mesmo da emancipação docente – tornar-se livre, independente frente ao conhecimento inicial e continuado.

(1) Pedagoga. Pós-graduada em Administração Escolar, Psicopedagogia e Informática na Educação. Mestranda da UEP (Universidade Evangélica do Paraguai) e Doutorando da UMa (Universidade da Madeira, em Portugal).Diretora Pedagógica do Colégio O Bom Pastor Júnior.

REFERÊNCIAFREIRE, Paulo. A Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 18.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001.

terça-feira, 10 de março de 2009

PLANO DE AULA

INTERVENÇÕES ARTÍSTICAS

Planos de aula

Ensino Fundamental I

Artes, linguagem visual, gêneros (Retratos, paisagens, natureza morta etc

Seqüência Didática

Auto-retrato e profissões

Introdução

O Ensino da arte lida com aptidões, dificuldades e limites dos participantes, tornando cada experiência única e pessoal. Dentro das variações do estudo da arte, o desenho é uma linguagem que a criança têm contato desde que aprende a manejar o lápis e a desenvolve gradativamente no decorrer dos processos de aprendizagem em que é submetida.
Desenhar a figura humana faz parte desse aprendizado e, entre as variadas modalidades desse segmento, o auto-retrato (forma de representação em que o artista desenha ou pinta a si) é uma importante ferramenta no processo do desenvolvimento pessoal e de autoconhecimento.

Em duas aulas, o professor guiará os alunos em atividades focadas em suas representações, utilizando apenas papel, lápis e lápis de cor, para projetar uma profissão para o futuro. Os alunos ainda serão instigados a conhecer e analisar obras de conceituados artistas da História da Arte que tratam da mesma temática.


Objetivos

-Iniciação ao desenho da figura humana por meio do auto-retrato
- Ampliar a noção de espaço e proporção em relação ao suporte utilizado (papel sulfite)
- Analisar e contextualizar os trabalhos a partir das profissões escolhidas por cada aluno
- Apreciação e leitura de imagem - Introdução à História da Arte

Conteúdos

- Reprodução de obras de artistas escolhidos pelo educador que têm no processo de trabalho o desenho da figura humana e auto-retrato

Ano
3º e 4º

Tempo estimado
02 aulas

Materiais necessários

- Papel sulfite, lápis, borracha
- Reproduções de auto-retratos de artistas como Van Gogh, Anita Malfatti, Francis Bacon, Albrecht Durer e Tarsila do Amaral.

Desenvolvimento das Atividades

1ª aula- Auto-retrato e profissão

Propor aos alunos que façam um desenho de si mesmos, um auto-retrato que imaginem, e se coloquem em uma das profissões que almejam para o futuro. Antes da execução, o educador pode abordar temas como o tamanho do suporte e o do desenho, a proporção e a construção da figura humana. Essa atividade deve ser feita sem uso de referências ou imagens para que os alunos não sejam influenciados por trabalhos de outros artistas e para que também consigam ter maior liberdade em suas escolhas. No decorrer da aula, o educador vai observando e analisando os desenhos dos alunos em si e abordar questões sobre as escolhas profissionais de cada um. Assim, poderá orientar não só composição das figuras das profissões e na escolha de acessórios que complementem o entendimento dos desenhos.

Depois dos desenhos prontos, o educador pode ainda discutir com os alunos sobre os resultados e as projeções de cada um, fazer com que eles escolham os trabalhos que mais apreciaram e os motivos dessas escolhas. Outra opção é abordar as qualidades dos desenhos e fazer comparativos de proporção e tamanhos.

2ª aula- Contextualização

No segundo momento, o educador pode esclarecer sobre os aspectos históricos de artistas que têm a temática do auto-retrato no processo de criação e, então, introduzir os alunos na análise de imagens, fazendo com que os estudantes percebam as diferenças entre obras de arte e comparem como cada artista aborda o mesmo assunto de acordo com suas realidades.

Avaliação

Verificar a qualidade das produções levando em conta as limitações e aptidões de cada aluno.

Quer saber mais?

Bibliografia O livro da Arte, Ed. Martins Fontes, São Paulo, 1999 Internethttp://www.historiadaarte.com.br/

AUTO RETRATO: VAN GOGH













Intervenções na obra de Joan Miró

Artes linguagem visual artistas

Introdução

A escolha de uma reprodução do artista espanhol Joan Miró (1893-1983) para essa atividade se dá na beleza, no colorido e na espontaneidade das figuras que compõe a composição feita pelo artista, levando o observador a um ambiente mágico, provocando encantamento e ao mesmo tempo estranhamento. Essas características de seu trabalho se dão pela grande influência do movimento surrealista no conjunto de sua obra. O Surrealismo teve origem na França, nos anos 1920, seu propósito era que os artistas pudessem lidar com questões como a interpretação dos sonhos, desenvolvendo assim uma forma de pintar que levava o espectador a um mundo estranho e fantasioso.

Ensinar o aluno do Ensino Fundamental I sobre os períodos históricos e movimentos artísticos não é o objetivo principal dessa atividade, essas informações, servem para enriquecer e dar maior bagagem e qualidade no trabalho do educador. Sobre a intervenção: O educador vai orientar seu aluno para que desenvolva sua composição artística a partir da obra escolhida, ou seja, ele vai dar continuidade aos desenhos e pinturas já feitos, interferindo com o material sugerido com desenhos e idéias, colorindo e contribuindo para a transformação daquela obra em outra.

O educador pode desenvolver essa atividade em grupo, permitindo a integração e interação entre o grupo e também com a obra de arte

Objetivos

- Se a atividade for feita em grupo, levar o aluno a discutir sobre processo de trabalho com os próprios colegas
- Desenvolvimento da observação e criatividade
- Exploração das possibilidades e conteúdos sugeridos pela obra do artista escolhido

Conteúdos

- Composição Artística
- Desenho e pintura
- Leitura de obras de Joan Miró
Ano
1º a 5º

Tempo estimado
1 aula

Materiais necessários

Reprodução da obra de Joan Miró.
Sugestões : "A Mulher e o Gato" e "Mulheres, pássaro ao luar", Cartolina, grafite, lápis de cor. giz de cera, canetas hidrográficas coloridas e cola.

Desenvolvimento da atividade

Para que a atividade seja feita em grupo:
Separar os alunos da classe em grupos de no máximo quatro componentes, as crianças das séries iniciais não estão acostumadas ainda com esse processo, então comece a atividade explicando os critérios para o desenvolvimento do trabalho em grupo, fale sobre as divisões das tarefas, a conversa inicial para que todos entrem em um consenso sobre como irão desenvolver a tarefa, o respeito para com as opiniões dos integrantes e por fim, na divisão e desenvolvimento, cada um respeitando suas vontades e afinidades.

Mostre reproduções de obras de Joan Miró para os alunos, motive-os a apreciar as imagens. Ao descrever o que vêem, eles tecem comentários sobre o que gostam ou não, sobre sentimentos e sensações ou mesmo relacionam com algum fato ocorrido na vida deles. Peça que a turma olhe a obra com atenção e dê um tempo para que ela se hospede no cérebro. Depois de elaborar uma lista com o que todos enxergaram, faça perguntas que estimulem a percepção da linguagem visual e estética, como os elementos formais, sua configuração espacial, os materiais utilizados, a textura e o suporte. Deixe que eles expressem suas interpretações e emoções. Se possível, exponha outras obras que tratem do mesmo tema para fazer comparações.

A imagem escolhida pelo educador deve ser fotocopiada em tamanho A4 (tamanho da folha de sulfite), em cores, e ser distribuída para cada grupo junto com uma cartolina. Cada grupo cola sua imagem no meio da cartolina. Pronto; o suporte já esta preparado para as intervenções. Agora cada grupo deve usar a criatividade e os recursos das técnicas escolhidas (lápis de cor, giz de cera, grafite) para que os desenhos coloridos de Miró se confundam e se misturem com os de seus alunos, modificando livremente os estilos e transformando a imagem em outro trabalho. Dessa vez um trabalho coletivo.

Para finalizar, conversar com os alunos sobre os resultados plásticos dos trabalhos de cada grupo.
Quer saber mais?

Bibliografia O livro da Arte, Ed. Martins Fontes, São Paulo, 1999 http://www.historiadaarte.com.br/
Consultor Luiz Antonio Mendonça
Bacharel em Educação artística com Licenciatura em Artes Plásticas.

OBRAS DE JOAN MIRÓ













Composição Artística: Natureza-morta

Artes, linguagem visual, gêneros (Retratos, paisagens, natureza morta ets

Introdução

O ensino da arte oferece ao educador a oportunidade de ser um estimulador de aptidões que podem ser trabalhadas com as crianças no decorrer de sua vida escolar. Cabe ao professor, portanto, oferecer técnicas e informações para que os estudantes possam desenvolver interesse e gosto particular pela prática de atividades artísticas. É preciso criar, assim, circunstâncias favoráveis para que os alunos encontrem um caminho dentro da diversidade existente no mundo da arte.

A composição artística, é um dos primeiros passos na discussão dos elementos que serão trabalhados pelo aluno na disciplina de artes. E a natureza-morta, em particular, é um gênero da pintura onde a composição é fundamental para o resultado final de uma obra de arte. Não apenas a distribuição de objetos e elementos na tela, muitas vezes de forma quase matemática, como as cores escolhidas na aplicação e até as questões sociais envolvidas na temática devem ser analisadas. Outros aspectos a serem abordados são noções de espaço; tamanho da folha em relação ao tamanho do desenho; distribuição dos elementos no suporte (material escolhido para realização do trabalho); materiais a serem usados e apropriados para cada tipo de trabalho. O educador pode ainda discorrer sobre padrões de beleza e conceitos estéticos. Todos esses tópicos, enfim, são principais elementos para a análise de uma composição em natureza-morta. Mesmo que seja um simples desenho, esses quesitos devem ser abordados para que os alunos desenvolvam suas potencialidades e os resultados sejam perceptíveis

Objetivos

- Levar o aluno a despertar sobre questões como: ocupação de espaço, relações de proporção, uso de materiais e qualidade estética
- O que é o gênero da natureza-morta na pintura
- Apreciação e leitura de imagem - Introdução à história da arte
- Analise e contextualização das produções dos alunos em relação às realidades de cada um e a dos artistas sugeridos

Conteúdos

- Composição artística; - Desenho e pintura;
- Reprodução de obras de artistas como Paul Cézanne e Giorgio Morandi; ambos têm em sua produção a temática da natureza-morta.

Ano
3º e 4º

Tempo estimado
2 aulas

Materiais necessários

Reproduções das obras de Paul Cézanne e Giorgio Morandi.Grafite, lápis de cor. Giz de cera, papel canson Tamanho A4

.Desenvolvimento das Atividades

1ª aula - Análise de Imagem

Mostrar para os alunos as reproduções de Paul Cézanne e Giorgio Morandi. Paul Cézanne, pintor pós-impressionista têm vasta produção em gênero de natureza-morta e a cor é um fator importante na sua obra. O educador deve abordar com os alunos a variação no registro das cores a partir da incidência de luzes e sobras sob os objetos. Já o italiano Giorgio Morandi têm no percurso de sua carreira pinturas que têm a natureza morta como tema exclusivo, o que torna o trabalho do artista essencial para esta atividade. Além de flores e frutas, há jarros e garrafas em seus trabalhos. Ao lado de Cézanne, Moranti vale como excelente exercício de comparação de variedade do gênero natureza-morta.

O educador discorrer sobre as obras escolhidas, falar sobre contextos sociais de cada pintor, conduzindo o aluno a fazer observações. Deve-se apontar como cada autor distribuiu os desenhos nas telas, as cores que foram usadas e os objetos escolhidos para as representações. Vale ainda mencionar a incidência de luzes e sombras nos objetos e discorrer sobre as técnicas de cada artista. A partir daí, então, o educador pode perguntar aos alunos sobre as diferenças das obras e sobre os objetos ou elementos que estão expostos em cada pintura o que conclui, assim, a introdução à leitura de imagens.

2ª aula Produção

Na segunda aula, os alunos já com o material de trabalho preparado, o educador não deve expor as obras dos artistas pois a atividade não é uma releitura. O ideal é propor que cada aluno escolha uma mesa temática para sua produção. Ex: Mesa com flores, mesa de café-da-manhã, mesa de almoço, mesa de jantar, mesa com objetos diversos, mesa pra alguma comemoração especial. Não se trata de desenho de observação e, sim, de imaginação, levando em consideração tudo que foi discutido sobre composição artística. A proposta é fazer com que cada aluno entre em contato com sua própria realidade social. Outra opção é o próprio educador escolher o tema do trabalho para todos os alunos e depois, no fechamento da aula, com as produções expostas, conversar sobre a diversidade de representações fazendo a contextualização dos trabalhos.

Avaliação

Verificar a qualidade das produções levando em conta as limitações e aptidões de cada aluno.
Quer saber mais?

Bibliografia O livro da Arte, Ed. Martins Fontes, São Paulo, 1999

Internethttp://www.historiadaarte.com.br/

Consultor Luiz Antonio Mendonça
Bacharel em Educação artística com Licenciatura em Artes Plásticas

OBRAS DE PAUL CÉZANNE













Representações da Paisagem

Artes, linguagem visual, gêneros (Retratos, paisagens, natureza morta ets

Introdução

A paisagem, gênero artístico fundamental nas classificações da pintura, pode representar diferentes contextos de tempo e espaço e oferece aos observadores passeios imagináveis. Um dos períodos da História da Arte em que a paisagem fez-se muito presente é o impressionismo, movimento de pintura que se originou na França, nos anos 1860. À época, o interesse dos artistas era a busca e representação da luz natural e suas variantes, o que os levou a sair de seus ateliês em busca de paisagens à luz do dia para serem pintadas. Fascinados pela relação entre luz e cor, evitavam cenas religiosas ou românticas para se concentrar apenas nas paisagens e cenas do dia-a-dia. Uma mesma paisagem ou cenário era pintado várias vezes a partir das mudanças e impressões causadas pela incidência do sol. O educador pode exemplificar a temática por meio das obras do principal expoente do impressionismo, o pintor Claude Monet – seu quadro “Impressão – Levantar do sol”, aliás, foi a inspiração para o nome do movimento artístico. Depois de conhecerem as obras dos artistas apresentados, o professor pode propor aos alunos que representem sua realidade usando a observação e a imaginação.


Objetivos
- Aguçar o olhar através do desenho de observação do entorno;- Imaginar novas realidades a partir do desenho;- Fazer com que o aluno perceba diferentes realidades sociais.

Conteúdos
- Desenho de Observação;- Desenho de imaginação;- Características e contexto da obra de Claude Monet.

Ano
1º e 2º .

Tempo estimado
1 aula

Materiais Necessários

O educador pode escolher reproduções de obras do pintor Claude Monet, artistas significativo do Impressionismo. Lápis grafite, lápis de cor. Giz de cera, papel Canson tamanho A3.

Desenvolvimento das atividades

Tipos de paisagem

O interesse nessa aula não é que o aluno tenha uma iniciação no ensino da história da arte e nem uma preocupação com a luz e suas representações. O período histórico é o foco do trabalho, pois a partir das imagens é possível apresentar levantar questões sobre tempo, localização, comparação da época, roupas, despertando um interesse pela obra de Monet. Há que se atentar que o assunto será abordado para crianças de 1ª e 2ª séries, algumas das quais não aprenderam nem a ler. O impacto visual das obras deve ser explorado.

A atividade é simples: depois de uma breve conversa sobre as obras de Monet, o educador deve fazer a entrega do material e pedir para que os alunos dobrem ao meio a folha de papel canson A3. Todos devem sair da sala de aula procurando espaços aonde possam sentar-se no chão e desenhar. A quadra ou o pátio da escola podem ser ideais.

A proposta é que os alunos representem, de um lado da folha, uma parte da escola que estejam observando. O educador pode pedir para que cada um escolha uma paisagem da própria escola para desenhar. Nessa fase, a abordagem é direcionada ao desenho de observação. No verso da folha, o educador pode pedir para que os alunos façam o mesmo desenho mas, dessa vez, interferindo com elementos que ele gostaria que estivessem presentes na produção, usando a imaginação. Pode ser necessário usar uma próxima aula para a atividade que envolve a segunda representação.

Outra opção de atividade, que pode ser feita com o mesmo material, é pedir para os alunos dividirem a folha ao e sugerir temas como a representação da paisagens rurais e paisagens urbanas ou mesmo situações que retratem a localização e a realidade dos alunos. Enfim, cabe ao educador buscar caminhos para despertar a imaginação e criatividade. Para finalizar, conversar com os alunos sobre suas produções e escolhas.

Quer saber mais?

Bibliografia O livro da Arte, Ed. Martins Fontes, São Paulo, 1999

Internethttp://www.historiadaarte.com.br/

Planos de aula retirado de http://revistaescola.abril.com.br/online/planosdeaula/ensino-fundamental1/lst_PlanosEFundI.shtm l

OBRAS DE CLAUDE MONET













Releitura de uma obra de Van Gogn

Ensino fundamental 1º ao 5º ano

Artes, artes visual: produção do aluno em arte visual

O que o aluno poderá aprender com esta aula

Estudar sobre a biografia e a técnica de Van Gogh. Entender a diferença entre a releitura de uma obra e a cópia. Discutir sobre os diferentes pontos de vista em relação à obra e a personalização que cada um dá a releitura.

Duração das atividades

2 aulas

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

O que é uma obra de arte. A importância de uma produção artística e sua relação com a subjetividade. Ferramentas básicas do programa Photofiltre

Orientações didáticas para o professor:

A proposta consiste em uma releitura da Obra de Van Gohn, um texto pode ter diferentes pontos de vistas, assim como uma obra de arte. Quanto mais repertório sobre arte o aluno possui, maior será sua capacidade de criação. É importante diferenciar para o aluno uma releitura e uma cópia da obra. Reler uma obra é atribuir um significado subjetivo do olhar do artista.A biografia e o estudo da técnica do artista deve ser para contextualizar a obra e a mensagem do artista, não se deve limitar a uma decoreba de datas e lugares.Discuta com os alunos que uma releitura não precisa necessariamente ser na mesma expressão artística, por exemplo, poderia se fazer uma releitura desta obra através de escultura, fotografia, etc.

Seqüência didática

1. Apresente a obra aos alunos e peça para os alunos compartilharem a primeira impressão que têm;

2. Discuta os diferentes pontos de vista

3. Chame a atenção para as características da obra, as pinceladas, as cores utilizadas, pergunte aos alunos se eles reconhecem o estilo ou autor da obra.

4. Traga uma foto do autor Van Gogh e conte a história do autor (Biografia) como se estivesse contando uma história, para incrementa coloque uma música de fundo. Para ajudar na pesquisa de dados http://pt.wikipedia.org/wiki/Vincent_Van_Gogh%20

5. Converse sobre a época, os costumes, quem eram os artistas importantes, que tipo de arte era valorizada. Para enriquecer traga obras dessa época, assim o aluno pode entender o valor da contribuição de Van Gogh, o quanto ele inovou.

6. Faça uma visita virtual ao museu de Van Gogh, http://www3.vangoghmuseum.nl/vgm/index.jsp?page=sectie_museum%20

7. Peça novamente para os alunos olharem para a obra e destacarem o que percebem de novo, após conhecer o contexto em que ela foi feita.

8. Apresente a proposta de releitura e explique a diferença entre releitura e cópia, mostre algumas releituras para os alunos para que fique clara a necessidade de personalização da releitura. Neste site os alunos poderão ver algumas releituras http://www.historiadaarte.com.br/arteadolescente.html

9. Faça a proposta para os alunos de usarem o programa Photofiltre.

PhotoFiltre é uma ótima alternativa para quem trabalha com edição de imagens e não pode desembolsar a grande quantidade de dinheiro que licenças dos programas deste tipo exigem. E, para quem acha que as alternativas gratuitas são muito limitadas, deve conhecer agora mesmo este editor, para mudar este conceito. Ele possui uma série de ferramentas que lhe permitem fazer trabalhos profissionais e que não deixam a desejar. Photofiltre trabalha com filtros, seleções vetoriais, máscaras e muitos outros recursos simples ou avançados, os quais você pode aproveitar também na versão em português, através da atualização com a tradução completa para o programa. É versátil, completo e, ao mesmo tempo, fácil de usar. Fonte: http://baixaki.ig.com.br/download/PhotoFiltre.htm

Recursos complementares

Para fazer o download do programa: http://baixaki.ig.com.br/download/PhotoFiltre.htm http://www.historiadaarte.com.br/arteadolescente.html http://www3.vangoghmuseum.nl/vgm/index. jsp?page=sectie_museum http://pt.wikipedia.org/wiki/Vincent_Van_Gogh

Avaliação

Identifique se os alunos conseguiram personalizar suas obras, mas ao mesmo tempo compreendendo a técnica do artista. É interessante pedir para o aluno explicar qual mensagem ele quis transmitir com sua releitura.

Autora: glace Luciana pereira

Planos de aula retirado de : http://portaldoprofessor.mec.gov.br/showLesson.action?lessonId=735

OBRA DE VAN GOGH











segunda-feira, 9 de março de 2009

A Tecnologia e a Educação

O video faz uma reflexão sobre a tecnologia daqui a 15 anos. Será que estamos preparados? As escolas como se preparam? E nós professores?







Aqui estão 8 links sobre a Tecnologia e a Educação

O papel das tecnologias digitais no contexto escolar Por Valéria Roque. A autora do texto destaca a utilização das tecnologias no ambiente escolar como outra forma de aprender, embora os conhecimentos básicos mostram-se insuficiente para a preensão pelo professor limitando a presença das tecnologias somente aos chamados “recursos didáticos” como giz, lousa etc, vista apenas como elementos técnicos. Disponível em: http://nteitaperuna.blogspot.com/2008/11/o-papel-das-tecnologias-digitais-no.html


A TV digital e a integração das tecnologias na educação. Por José Manuel Moran professor de novas tecnologias na USP. Direto Acadêmico da Faculdade De Sumaré, SP. Neste texto o autor nos informa sobre as mudanças que estão ocorrendo na sociedade, medida pela tecnologia em rede, em todos os níveis e formas, suas conseqüências obtidas pela passagem da TV convencional para a digital e a integração com outras mídias, sua aplicação na educação e os problemas que enfrentamos com as mídias no Brasil. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/textost.htm

Blogs como ferramenta de registro.Entrevista com Rosália Lacera - Rosália Proscasko - professora da UFRGS e agente técnica do programa Escola 2000 por hora. Sobre o uso do blog como ferramenta na sala de aula. Para saber mais: http://www.escola2000.org.br/index. aspx

Tecnologia e Educação: Novos tempos, outros rumos por Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida professora do programa Pós-graduação em Educação e suas contribuições no cotidiano educacional. Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2002/boletins2002.htm
Escola faz tecnologia faz escola - por Alberto Tornaghi - Acessor Pedagógico do Departamento de Informática Educativa. A questão central aqui apresentada é a tecnologia com parceira nas ações educativas, ou seja, dos livros à TV, da Internet ao giz e ao quadro. Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2004/boletins2004.htm

Televisão e escola: um diálogo possível - por Cássia Borsero. A autora reflete sobre o uso da TV e sua influencia no cotidiano da escola. Disponível em: http://www.midiativa.tv/blog/?p=34

Educação e Informática: temas transversais e uma proposta de implementação” - por Sergio Augusto Freire de Souza- professor de Departamento de Línguas e Literatura, Este artigo apresenta uma proposta de trabalho para professores ou administradores que pretenda implementar a informática no ambiente escolar. Acesse aqui: http://www.revistaconecta.com/

"Novas Tecnologias na Educação Especial: algumas considerações técnicas e pedagógicas"- Por: José Paulo de Araújo_ professor de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, Neste artigo o autor faz uma reflexão sobre o surgimento e à expansão acelerada de diferentes tecnologias da Informação e da comunicação (TIC). Acesse aqui: http://www.revistaconecta.com/

sábado, 7 de março de 2009

O que é um blog

O que é Blogger?

O Blogger é uma ferramenta de Internet que ajuda você a publicar e atualizar seu blog a todo instante, de qualquer lugar do planeta, sem complicação ou programação.

O que é um weblog ou blog?

O blog é uma página web atualizada freqüentemente, composta por pequenos parágrafos apresentados de forma cronológica. É como uma página de notícias ou um jornal que segue uma linha de tempo com um fato após o outro. O conteúdo e tema dos blogs abrange uma infinidade de assuntos que vão desde diários, piadas, links, notícias, poesia, idéias, fotografias, enfim, tudo que a imaginação do autor permitir.

Usar um blog é como mandar uma mensagem instantânea para toda a web: você escreve sempre que tiver vontade e todos que visitam seu blog tem acesso ao que você escreveu.

Vários blogs são pessoais, exprimem idéias ou sentimentos do autor. Outros são resultado da colaboração de um grupo de pessoas que se reúnem para atualizar um mesmo blog. Alguns blogs são voltados para diversão, outros para trabalho e há até mesmo os que misturam tudo.

Os blogs também são uma excelente forma de comunicação entre uma família, amigos, grupo de trabalho, ou até mesmo empresas. Ele permite que grupos se comuniquem de forma mais simples e organizada do que através do e-mail ou grupos de discussão, por exemplo. Crie um blog privativo para sua equipe de trabalho discutir projetos e apresentar soluções. Ou crie um blog familiar para que seus parentes troquem notícias e fotos a todos os membros.

Para saber mais acesse: http://blogger.globo.com/br/about.jsp




AS VANTAGENS DOS BLOGS
os principais beneficios para professores e alunos
  • Aproximar alunos e professores

Os estudantes tendem a se identificar com o professor blogueiro. Se o aluno cria um blog, os professores têm um espaço a mais para orientar o aluno.

  • Permitir maior reflexão sobre o conteúdo
Quando o professor blogueiro expõe sua opinião, está sujeito a críticas e elogios. Com isso, reflete sobre os seus trabalhos e faz os alunos pensar mais sobre o tema proposto.
  • Manter o professor atualizado

O professor blogueiro busca em outros site e blogs informações para compartilhar com os alunos. isso o coloca em permanente reciclagem.

  • Criar uma atividade fora do horário de aula

O estudo não fica restrito aos 45 minutos de sala de aula. Com o blog o professor instiga os alunos a estudar mais. Eles buscam no blogs desafios, exercícios e gabaritos.

  • Trazer experiências de fora da escola

O blog abre as atividades da escola para pessoas de outros colégios, cidades e até países colaborarem. Isso amplia a visão de mundo da turma.

  • Divulgar o trabalho do aluno e do professor

As produções dos alunos ou do preofessor pode ser vistas, comentadas e conhecidas por qualquer internauta do mundo. Isso é um incentivo para alunos e professores se dedicarem

  • Permirtir o acompanhamento

Com os blogs, os pais podem monitorar as atividades escolares dos filhos. E também ter acesso ao que o professor está ensinando. Isso não é possível com as aulas.

  • Ensinar linguagem digital

Ao montar blogs, alunos e professores passam por um processo de "alafabetização digital". Aprendem a fzaer donwloads e outros recursos para navegar com facilidade.

fonte: Revista Época edição 456 - 12/02/2007

acesso:07/03/2009 http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR76347-6014,00.html

para saber mais acesse aqui: http://www.scribd.com/doc/4023901/BLOG-NA-EDUCACAO-2008-#document_metadata e aqui: http://www.educacional.com.br/articulistas/betina_bd.asp?codtexto=636

Blogs educacionais:

http://www.ead.sp.senac.br/newsletter/agosto05/index.htm

http://www.vivenciapedagogica.com.br/

http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2005/nfa/index.htm

http://revistaescola.abril.com.br/home/

http://www.educarede.org.br/educa/

http://br.geocities.com/info_caxias/links_blog.htm

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